Que penas brancas
se despedaçam de mim
sangrando toda cicatriz
marcas
e desamores
Irei tragar-me
com o gosto do amargo
de nicotina
e pranto
Com vinho doce
manchando minha mente
por vezes, envenena
outras, entorpece
o teu amor
santo
e puro
Dedilhar minha alma
como quem toca
a tristeza
num fôlego
com tom de ré menor
E nortear meus pés
ao mar revolto
me tornando água
e dissolvendo
na maré
Pois remendo
minhas palavras
como quem tece
o tapete
que pisarão os reis
E as carrego
no raiar do mundo
mas não voltarei
para assistir o virar do dia
de fato, não voltarei
para este verão
Ester S.
Ester S.
Amei o poema, Ester <3
ResponderExcluirEntre As Memórias